Fugas que abalaram<br>o fascismo
A Organização Concelhia de Cascais do PCP promoveu recentemente uma sessão pública sobre as fugas das prisões fascistas, particularmente a de Peniche, em Janeiro de 1960, e a de Caxias, de Dezembro do ano seguinte. As mais de 70 pessoas que encheram o salão dos Bombeiros Voluntários da Parede escutaram um dos intervenientes da segunda dessas fugas, Domingos Abrantes, a abordar questões como a resistência à ditadura, a organização dos comunistas dentro das prisões e o objectivo permanente de fugir para continuar a luta, que estiveram na génese daquelas espectaculares evasões.
O histórico dirigente comunista e actual membro do Conselho de Estado sublinhou o impacto que ambas as fugas tiveram na mobilização para a luta dos trabalhadores e do povo contra o fascismo, acrescentando que elas constituíram ao mesmo tempo duros golpes para a ditadura. Incontornável foi, também, a evocação a António Tereso, um dos protagonistas da fuga de Caxias, falecido pouco antes.
Da sessão saiu reforçada a convicção de que os exemplos de coragem e sacrifício dos resistentes antifascistas, e em particular dos comunistas, na luta contra o fascismo são património da história e, ao mesmo tempo, constituem elementos fundamentais que contribuem para construir a resistência no presente e perspectivar a luta transformadora para um futuro melhor.